
(Foto: br.financas.yahoo)
Desde o dia 16 de dezembro de 2020, quando o governo federal apresentou o Plano Nacional de Vacinação contra COVID-19, grupos socialmente vulneráveis foram incluídos como prioridade no calendário da imunização. Indígenas, quilombolas e moradores de rua são populações prioritários no calendário da campanha de vacinação. Em um país com alto índice de desigualdade social, a priorização do acesso para alguns grupos ainda gera questionamentos e é alvo de críticas.
Ao todo, 69 milhões de pessoas estão incluídas nas quatro fases prioritárias da campanha. O governo prevê 108,3 milhões de doses da vacina, que será divida em duas injeções, que serão aplicadas em um intervalo de 14 dias.
A co-fundadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) e pesquisadora das causas negras e quilombolas, Givânia Lima, reitera a importância da prioridade de acesso à vacina para estes grupos.
“O governo não fez, sequer, uma campanha de prevenção e cuidados com a doença exclusiva à população quilombola, por exemplo. Inclusive, o número de casos confirmados e pessoas acometidas pela doença só foi feito por intervenção da CONAQ e seus parceiros. Então, a vacina, como medida para frear a pandemia, deve ser direcionada à população que, historicamente, sempre esteve à margem do serviço público de saúde e outros direitos básicos, como a educação. Hoje, nós contamos com uma deficiência enorme do governo, então não contamos com as melhores expectativas”, afirma a pesquisadora.
No município de Mineiros-GO, todos os membros das comunidades do Cedro e Buracão já recebem a vacinação contra o Covid-19 e nos próximos dias todos devem ser imunizados.
Da Redação TANOIBOPE
Fonte: br.financas.yahoo